Todos estavam loucos para descobrir o presente. A Vila nunca ficara tão eufórica em uma confraternização com “canto de palmas”. Normalmente, numa festa assim, o momento mais esperado era a distribuição dos pedaços da torta e o vai-e-vem da bandeja lotada de copos com o delicioso e tradicional suco de amora. O mais engraçado era no final, todos se despedindo com o lábio e cantos da boca manchados de roxo. A casa de Zeh era simples, mas aconchegante. Os seis cômodos eram bem distribuídos e com um tamanho agradável. Uma mansão para aquela família pequena. Os vizinhos adoravam quando algo acontecia lá, como as reuniões da igreja.
Como a maioria das vilas, Amargo não podia deixar de ter uma capela, onde as reuniões oficiais aconteciam na Segunda-Feira, pois para eles, era o dia menos esperado da semana, o dia que terminava o descanso e começava o trabalho. Fazer os cultos no começo da semana era como dar um motivo de ninguém rejeitar o indesejado dia, para eles, era considerado um pecado grave não aproveitar o dia, o sol, a chuva e a natureza em geral. Em rodízio, toda Quarta-feira o culto era feito em uma casa diferente. Na “mansão” 27 parecia ser mais divertido.
Zeh finalmente retirou o embrulho. Dentro dele estava uma caixa de madeira com detalhes que ninguém ali presente imaginava que pudessem ser desenhados em um tronco de madeira. O Monte Alicerce era rico em natureza. O verde era praticamente a cor que predominava e Seu Aristides o conhecia como a palma da mão. Foi de lá que ele tirou aquele pedaço de madeira e a partir dele, fez aquela caixa. De quinze a vinte dias, este foi o tempo que demorou para a peça ser esculpida. Com a madeira de Tauari, material com o qual a caixa foi feita, podia-se obter resultados formidáveis. Era macia ao corte, o que permitia ótimos acabamentos. Seu Aristides usou todo o conhecimento que guardava do avô de Zeh para presentear o garoto da forma mais inteligente possível. Sim, era uma linda caixa, ela brilhava. Tinha detalhes incríveis, uma forma jamais vista na Vila, com desenhos e listras alternando nas cores bege e marrom. As visitas voltaram ao normal depois da surpresa do tão esperado presente. Ficaram deslumbrados com tamanha beleza da caixa que o aniversariante ganhara. O silêncio mais uma vez foi quebrado quando alguém soltou na sala.
-Uma caixa de moedas!
Palpite precipitado. Dentro da caixa havia um bilhete que o pai escrevera para Zeh.
“Parabéns! Você já é um rapaz. Não mostre os objetos para ninguém. Feche a caixa e dê um lindo sorriso para todos. Explicarei tudo depois.”
Ao ler a carta, ele disse com uma expressão meio sem graça.
-Obrigado pai. Vou começar a juntar as moedas.
quarta-feira, 29 de agosto de 2007
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8 comentários:
ai Jesus... lá vai eu ficar curiosa de novo...mas poxa, eu tb queria uma caixinhaa de madeira... rsrs!
joãooo...continua escrevendo..quero ver o desfecho da história...rs!
beeeeijo olivetto aheaehaiuhe
ei joão, laryssa me mostrou seu sua historinha...mto legal, mas quero saber logo o q tem na caixinha rsrsrs bjim
Thábata
kkkkkkkk.. amei !!
nem sou curiosa.. mas ae .. conta em off... o que tem na caixa einh !? :)
beijoss
Oi João!!! :o)
Adorei essa proposta de conto. Adoro novelinhas e já tô curiosa, heim! Bjão!
na caixa de madeira tinha as esferas do dragão!! DBZ!!
o pai dele o ama?
qdu sai o outro capitulo???? quero saber oq o pai vai dizer...
anda logo meninu... ta escrevendo mtu divagar...
heheh
bjuxx
Eu tbm quero saber o q tem dentro dessa caixa...!!!
pelo menos pra mim neh amor!??!?
te amoo.. e q vc tenha muitoo sucesso!
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