segunda-feira, 10 de setembro de 2007

CAPÍTULO IV_Um mistério como lembrança

Zeh acordou na mesma hora em que a represa ia aos ares. Seu Oristides, quando chegou lá, se deparou com uma situação que nunca havia visto antes. Para ele, aquele serviço era tranqüilo, chegava até ser monótono. Todos os dias ele comparecia à Casa de Manutenção e sentava em sua cadeira de estofado veludo vermelho e acabamento com madeira escura, peça que seu pai construiu junto com ele, quando ainda tinha 16 anos. Raramente tinha problemas na represa e, quando tinha, eram fáceis de resolver. Um parafuso a ser trocado em alguma máquina, óleo em alguns motores ou até visitar as barragens que acumulam água da chuva ou do rio nascente. Essa era a rotina de trabalho do pai de Zeh.

Quando ouviu o barulho, o menino levantou assustado e foi falar com sua mãe. Na Vila, algumas casas acenderam velas, iluminando um pouco mais aquela noite.
Ficou claro que alguma coisa estranha estava acontecendo. Vozes vinham do lado de fora. Dona Pertídia sentiu-se aflita. O marido havia saído para resolver um problema na represa e o mensageiro queria falar somente com ele, ela não tomaria nota do que realmente estava acontecendo. Mas a ficha dela estava caindo. Apesar da distância com a Vila, aquele estrondo só poderia ter vindo da represa. Não tinha como ter informações, não havia sequer um telefone por perto, tudo seria esclarecido de manhã. E foi o que aconteceu. Logo cedo chegaram alguns carros da cidade mais próxima. Dois deles pararam em frente à casa de Zeh e alguns foram para a represa. A polícia queria explicações sobre a explosão que fez com que as Vilas daquela região parassem de receber energia e água. Os investigadores queriam recolher todas as informações possíveis e resolver o caso.
Enquanto Pertídia relatava tudo que aconteceu, o menino não saía do quarto. Segurava o presente misterioso que recebera no seu aniversário como uma última lembrança do pai, que a partir daquele dia, nunca mais voltaria para casa.

6 comentários:

Unknown disse...

Esse presenteee...!

Anônimo disse...

agora ele vai ter que descobrir a usar o presente sozinho...
como? quando? onde?

Anônimo disse...

fala logo q prsente é esse carambaaa....

teo netto disse...

E ae figura, nem sabia que tu era bloggeiro...

Anônimo disse...

Tadinho do Zeh!!!
Anda logo. Conta pra mim em off. O que tinha na caixa??? ;o)

Anônimo disse...

ai que agonia..
to curiosaaaaa!!!!