quarta-feira, 19 de setembro de 2007

CAPÍTULO VII_O Emprego

Dona Pertídia já estava pensando no pretexto que iria usar para convencer Bargapo a “adotar” Zeh em sua serralheria. Seu Oristides, como sempre, ajudava os moradores da Vila Amargo e dera preferência ao velho inúmeras vezes com o comércio dos seus produtos. Ele mantinha forte amizade com muitos comerciantes do centro, era uma pessoa influente e respeitado por onde passava naqueles arredores. Qualquer coisa que indicasse seria vista com bons olhos pelos comerciantes do centro. E não era diferente com os metais de Bargapo, mas com a morte do pai de Zeh, ele havia perdido nas vendas. O velho era o único que visitava a cidade constantemente. Em geral, os moradores da Vila Amargo se acomodavam com o lugar onde viviam, eles tinham tudo ali e não viam motivo algum para sair do vilarejo. Tudo que era produzido dentro da Vila ou era levado para a cidade quase todos os dias por um caminhão velho que ficava à disposição dos produtores ou consumido entre eles mesmo. No fim do mês, recebiam de acordo com a venda dos produtos, em consignação com a loja.

Apesar de ser um grande ferreiro, Bargapo se atrapalhava com a timidez ao negociar os produtos. Estava vivendo uma crise de vendas. Suas peças já abarrotavam a oficina e o que não era vendido no centro ele pegava de volta, derretia o metal e aproveitava tudo. Há algum tempo, só fazia o que alguns clientes pediam, afim de evitar o gasto excessivo de trabalho, tempo e material.

8 da manhã a mãe de Zeh bateu na porta do velho. Ele tomou um susto, ninguém batia ali fazia tempo. Ficou olhando para ela por quase um minuto, até pedir para que entrasse. Pertídia começou o assunto falando da amizade dele com Seu Oristides e que sentia muito por ele estar passando por uma situação difícil. Ficaram cerca de 2 horas conversando, até se emocionaram lembrando do bondoso Oristides. Quando terminaram a conversa, dividiram um forte abraço.

Ficou combinado que no dia seguinte, Zeh começaria a trabalhar na oficina, em troca, Dona Pertídia tentaria devolver o prestígio do artista ferreiro.

4 comentários:

Unknown disse...

E surge uma dupla com potencial: o garoto gentil e o ferreiro habilidoso!

Anônimo disse...

Será q vai rolar um romance? entre Bargapo e Pertídia.. hihi...

Anônimo disse...

hauhauhuahu...
mayconha so vê maldade ...
sera que seu Oristides era corno e o verdadeiro pai de Zeh era o ferreiro?
Será que qdo o coitado ia trabalhar na madrugada o ferreiro aproveitava?
uahuahuaz...

José disse...

Vocês querem dizer: "metia o ferro"?