segunda-feira, 17 de setembro de 2007

CAPÍTULO VI_O Plano

Depois de ler a mensagem da Chave, disse bem baixo para ele mesmo.
- E agora?
O pai explicaria passo a passo como usar o presente, mas não o tinha mais por perto. Ele teria que resolver tudo sozinho, se é que tinha jeito de fazer isso sem o pai. Na escola, Zeh já tinha aprendido o básico de tudo com as aulas diárias da professora Aliares. Era o suficiente para viver na Vila Amargo e então escolher uma profissão que pudesse ser aproveitada, ou seja, que fosse útil para o dia-a-dia dos outros moradores da Vila. Quando os jovens terminavam o ensino, freqüentavam várias oficinas a fim de aprender diversas funções, como saber escolher a terra e o clima certos para plantar, habilidades com madeira e tecidos, técnicas de eletricidade, dentre outras.

Quando terminou o período de escola, Zeh não queria participar de nenhuma oficina. Passou um dia inteiro tentando convencer sua mãe de que queria mesmo era trabalhar na casa do velho Bargapo, onde funcionava uma ferralheria. Dona Pertídia ficou assustada. Bargapo não era velho, somente aparentava ser. Era uma pessoa sozinha, triste e que fazia um serviço que lhe rendia apenas muitas rugas, cabelos brancos, músculos rígidos e uma eterna aparência cansada. Poucos da Vila mantinham relacionamento com ele, tinham medo do forte e barbudo que carregava nas costas quase 200 quilos de ferro todos os dias. Ele era bruto, suava feito um porco debaixo do sol, mas nada disso tinha importância para Zeh. Somente uma coisa interessava o menino.

De 40 em 40 dias o velho saía da Vila Amargo e ia de carroça até o centro, levar tudo que produzia nesse período para tentar vender nas principais lojas. Se conseguisse trabalhar com o Bargapo, teria que ajudar o velho nessa viagem. Ele já estava construindo um plano em sua cabeça. Agora, só faltava a mãe convencer o ferreiro a aceitar o menino no trabalho. Ela mal sabia o que o filho estava planejando. Na Rodoviária, Zeh pegaria um ônibus.

6 comentários:

Thiago Fonseca disse...

De onde surgem nomes como este: Bargapo?

José disse...

ahuhuahauhuahauhu!

Anônimo disse...

kkkkkkkkkkkkkkkk..... era a mesma coisa q eu tava pensando... ate q fim hein... saiu um capitulo, vc tava me deixando doido ja...

Anônimo disse...

da Vila Amargo pro mundo..

Unknown disse...

aiii perdi alguns capítulos, mas estou me recuperando... ai tadeeenho do zeh... perdeu o pai Oristides...ahh :/ .. bom, mas agora fiquei curiosaa p/saber o que ele anda maquinando hehehe...
:)
beeeijo joãoooooo

Thiago Fonseca disse...

tô até vendo...a nova novela da oito...Zeh Ninguem, baseado no livro de Jão Paulo Pitanga...